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A REALIDADE DO SER– O QUARTO CAMINHO DE GURDJIEFFA REALIDADE DO SER– O QUARTO CAMINHO DE GURDJIEFF
Jeanne de Salzmann –376 paginas - edição brochura – R$ 163,00
978-85-86204-13-5

(leia um trecho)

LANÇAMENTO


Como aluna mais próxima do mestre espiritual carismático G. I. Gurdjieff (1866-1949), Jeanne de Salzmann foi encarregada de levar adiante seus ensinamentos de transformação espiritual. Conhecido como o Quarto Caminho ou o “Trabalho”, o sistema de Gurdjieff foi baseado nos ensinamentos do Oriente que ele adaptou para a vida moderna no Ocidente. Agora, cerca de vinte anos depois da morte da Madame de Salzmann, os cadernos de anotações que ela deixou com seus insights durante um período de quarenta anos (e destinados a serem publicados) foram traduzidos e editados por um pequeno grupo de sua família e seguidores. O resultado é este guia muito aguardado para o ensinamento de Gurdjieff, descrevendo os caminhos a serem percorridos e as referências encontradas ao longo do percurso. Organizado de acordo com temas, os capítulos tocam todos os conceitos importantes e práticas do Trabalho, incluindo:
• despertar do sono da identificação com o nível ordinário de ser
• observação de si e lembrança de si
• esforço consciente e sofrimento voluntário
• compreensão de conceitos simbólicos como o Eneagrama
• Movimentos de Gurdjieff: são exercícios corporais que permitem experienciar a Presença e a consciência das energias sutis
• a necessidade de uma “escola”, que significa a prática coletiva do ensino em um grupo
Madame de Salzmann traz para o Trabalho o seu próprio esforço, numa linguagem direta de sua jornada pessoal, ao ensinar a viver que, ela insiste, o conhecimento de um nível mais elevado de Ser “você tem que ver por si mesmo” em um nível além da teoria e do conceito. Madame de Salzmann consistentemente se recusou a discutir o ensinamento em termos de ideias, visto que o Quarto Caminho é para ser vivido, e não simplesmente pensado ou acreditado.


TRECHO DO LIVRO

Uma nostalgia por Ser

O homem permanece um mistério para si mesmo. Ele tem uma nostalgia por Ser, um anseio por duração, por permanência, por absoluto – um anseio de ser. No entanto, tudo o que constitui a sua vida é temporário, efêmero, limitado. Ele aspira a uma outra ordem, uma outra vida, um mundo que está além dele. Ele sente que está destinado a participar nele.
Ele procura uma ideia, uma inspiração, que poderia movê-lo nessa direção. Surge como uma questão: “Quem sou eu – quem sou eu neste mundo?”. Se essa questão se torna suficientemente viva, ela poderia direcionar o curso de sua vida. Ele não pode responder. Ele não tem nada com que responder – nenhum conhecimento de si mesmo para ficar diante dessa questão, nenhum conhecimento seu próprio. Mas ele sente que deve acolhê-la. Ele pergunta a si mesmo o que ele é. Este é o primeiro passo no caminho. Ele quer abrir seus olhos. Ele quer despertar, acordar.

UM CHAMADO PARA A CONSCIÊNCIA

A criança quer ter, o adulto quer ser.

O desejo de ser está por detrás de todas as minhas manifestações.

Aprender a ver é a primeira iniciação para o conhecimento de si.

Lutamos não contra alguma coisa, lutamos por alguma coisa.

Eu acredito que necessito prestar atenção quando, de fato, necessito ver e conhecer a minha desatenção.

Quando começo a ver, começo a amar o que eu vejo.

Onde a nossa atenção está, Deus está.